Entrevistas

Entrevista com o Arquiteto Marcelo Falci

Publicado em 03/11/17 por Empório Luz.

No texto de hoje você verá a entrevista que fizemos com o arquiteto Marcelo Falci. No bate-papo a seguir ele irá falar sobre como entrou na área, o que o motivou a escolher a arquitetura e como se deu sua formação acadêmica.

Além disso, ele irá dar valiosas dicas para que está começando agora. Se você é estudante, recém-formado ou conhece alguém que esteja se preparando para o setor de arquitetura, envie este texto! Enfim, boa leitura.

 

Como foi sua formação acadêmica?


Marcelo Falci: Bom, era um época onde não havia uma grande variedade de escolas ou opções na área como existe hoje. Não havia nem mesmo uma variedade de profissões. Nesse contexto acabei escolhendo a FAU de Santos. Era uma escola nova, com uma proposta muito interessante.

Acabei fazendo parte da segunda turma dela. Seu corpo docente era fantástico, contando com nomes como Ricardo Ohtake e Decio Tozzi. Ou seja, um time de primeira! Mesmo ela não tendo uma estrutura física de ponta quando comparada às outras escolas tradicionais, ela acabava tendo um lado profissional e humano muito forte.

Isso acabou sendo muito importante para minha formação. Como costumo dizer, nada é por acaso. Foi através de lá que muitas portas se abriram para mim.


Figura 1 – Conheça mais sobre o arquiteto Marcelo Falci

Você tinha algum ideal ou projeto pessoal?


Marcelo Falci: Eu tinha o desejo de fazer uma especialização fora do país. Durante alguns anos a questão da habitação social era muito discutida em nossa escola. Era um assunto que acabou me interessando muito. Acabei então estudando e pesquisando os processos construtivos que permitissem fazer construções desse tipo em massa.

Após formado, consegui ficar dois anos fora. Comecei pelo México, onde fiz uma especialização em pré-fabricação. Lá conheci o arquiteto Collin Davis, que acabou sendo meu doyen (espécie de mentor) na Universidade de Montreal. Assim acabei fazendo algumas especializações na área antes de voltar ao Brasil.

 

Como foi voltar ao Brasil após tantos aprendizados?


Marcelo Falci: Chegando aqui comecei a me engajar nesta área, trabalhando em duas empresas ligadas à racionalização e industrialização da construção. Mais tarde acabei abrindo meu próprio escritório.

 

Seu escritório começou grande e com muitos clientes?


Marcelo Falci: Não, era um escritório modesto, de apenas uma sala. Aluguei o espaço por três meses, sendo que tinha apenas uma reserva que duraria não mais do que 4 meses. Mas, acreditando na possibilidade de desenvolver meu trabalho, consegui em apenas um mês fazer o escritório se pagar.

E aí não paramos mais. É uma área de altos e baixos, mas temos mantido o trabalho até aqui, motivados e interessados em permanecer nesta área.

 

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Como você conheceu a Maria Souza?


Marcelo Falci: Nós trabalhávamos com o corpo fixo no escritório, mas acabei contando também com vários freelancers. Foi aonde acabei conhecendo a Maria. Ela foi alguém que veio ocupar uma posição não apenas pelo seu bom trabalho que já era conhecido na época, mas também por toda sua formação e linguagem.

Costumo dizer que desde aquela época nós já tínhamos uma linguagem parecida, no traço e propostas de tralho. Tudo isso contribuiu para nossa parceria até hoje. Ela teve suas experiências, passando por outros escritórios, mas houve um momento onde firmamos uma sociedade, desenvolvendo principalmente os trabalhos que envolviam edificação.

 

Quais conselhos você daria aos jovens que estão na Arquitetura?


Marcelo Falci: Hoje escutamos muitas histórias destes jovens, falando sobre a influência familiar nas decisões dos filhos. Eu acho isso uma grande bobagem. Independentemente do que você irá fazer, deve-se fazer bem feito. E você deve fazer algo que te traga felicidade e prazer ao fazer.

Acho que deve-se dizer:

acordar cedo para trabalhar é difícil. Acordar cedo para fazer o que não se gosta é ainda mais difícil. Por isso é
necessário ter muita persistência quando você identifica o que quer para si.


É necessário também ter uma humildade consciente. É melhor ficar 3 minutos vermelho do que 3 anos amarelo. O que quero dizer com isso é que os jovens não devem se limitar ao buscar conhecimento. Principalmente os que estão na faculdade.

Não se limitem nem se inibiam de saber. Buscar conhecimento através de perguntas a profissionais já vividos pode trazer um conhecimento útil a longo prazo. Dessa forma você não se culpará por não ter ido atrás de informações.

Além disso, não fique preso ao conhecimento acadêmico. Tenha sempre fontes de conhecimento paralelo, algo útil principalmente em nossa área, que faz parte das ciências humanas. Quanto mais você souber, independente de gostar ou não, de arte, música, desenho e criações dessa área, tudo isso irá contribuir para sua formação. Direta ou indiretamente.


Figura 2 – Nunca se esqueça: busque conhecimento!


Quando encontrar aquilo que você gosta, transpire sem limites, buscando o conhecimento e informação necessários. Muita gente tem caminhado para a especialização. No nosso caso a formação foi muito eclética. Mesmo no começo da profissão era comum fazer de tudo um pouco. Chegamos a fazer comunicação visual e design de produtos – uma área apaixonante, que até hoje me identifico.

Mas depois de um tempo você percebe que a especialização te ajuda a ser melhor identificado no mercado.

Você tem paixão por alguma área da arquitetura?


Marcelo Falci: A área que sempre me chamou a atenção foi o design e arquitetura de edificações. Foi a área que mais me dediquei até hoje. Gosto muito de detalhes e da área de fotografia também, apesar de ser amador. E dentro da fotografia ganhei um aprendizado que me auxiliou não apenas na composição estética, como também a entender e pensar os espaços na arquitetura.

 

Você acredita que todo mundo nasce com uma profissão específica?


Marcelo Falci: Eu creio que não. Nós viemos ao mundo para sermos um ser maior, é uma impressão que tenho. Digo isso porque vejo que muitas pessoas ficam chateadas por não conseguir seu objetivo. Mas como já disse, isso é muito simples pra mim: se não deu certo é porque não era para acontecer.

Obviamente isso é mais difícil para os jovens. Já foi assim pra mim também. Mas hoje vejo a arquitetura como uma
ferramenta para que eu possa me transformar em um ser melhor.

 

Como você define a profissão de arquiteto?


Marcelo Falci: O arquiteto tem o fator, assim como outras carreiras, de ser algo bem específico. Temos que lidar com o bem-estar das pessoas. E para que possamos projetar e atender essas pessoas, nós precisamos entrar na vida delas, de certa forma.

Costumo dizer que o arquiteto é o médico de ontem. O arquiteto de hoje entra nos aspectos psicológicos, nos detalhes familiares, na forma como a pessoa vive…e isso influencia nos revestimentos, imobiliário, enfim, no espaço que está sendo proposto.

E para obter essas informações, muitas vezes é necessário entrar na intimidade deste cliente.

 

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